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Tendências no ramo alimentício para ficar de olho em 2020

Por Jesus Rodriguez, Gerente de Responsabilidade Social da Subway América Latina

Na lista de prioridades de uma companhia que atua no setor de alimentação, a responsabilidade social cresce em importância desde que foi introduzida na cultura das empresas, e já pode ser considerada um dos pilares que sustentam o sucesso de um negócio. Para os mais desatentos, o conceito de responsabilidade social diz respeito a todas as ações que uma empresa faz em benefício de seu público e da sociedade a qual está inserida.

Investir no bem-estar do público e em fatores que contribuam de forma positiva ao meio-ambiente é muito importante para deixar um legado que vá além do corporativo, sempre com o objetivo de causar um impacto duradouro na sociedade. Dito isto, como em qualquer área, o setor de responsabilidade social para a alimentação também segue tendências, e mesmo que 2020 tenha acabado de começar, já é possível apontar duas fortes inclinações que nortearão este ano.

A primeira delas é resultado do movimento político-social iniciado no ano passado, a onda de legislação na luta contínua contra o plástico. No início de janeiro, foi sancionada na cidade de São Paulo uma lei que proíbe estabelecimentos comerciais de fornecerem produtos descartáveis feitos de plástico, uma evolução de medidas semelhantes que haviam sido tomadas em outras importantes cidades do país, como Rio de Janeiro e Santos. O uso de canudos de plástico também vem sendo reduzido de maneira significativa desde o início de 2019, com a adesão de diversas redes alimentícias.

Não é só no Brasil que este movimento pode ser observado. Recentemente, a Cidade do México promulgou uma lei que proíbe a distribuição de sacolas plásticas em restaurantes, supermercados e outros estabelecimentos – legislação esta que se estenderá a utensílios de plástico em 2021. Buenos Aires também possui leis semelhantes. Anteriormente, em agosto de 2018, o Chile se tornou o primeiro país da América do Sul a proibir todos os locais de varejo de distribuir sacolas plásticas (legislação semelhante vem surgindo no Caribe há anos), o que incentiva os consumidores a comprar uma sacola reutilizável, disponíveis na maioria dos locais em que essas leis estão em vigor, impulsionando o hábito da reutilização.

Assim, restaurantes precisam se preparar para aderir às legislações para que consigam atender às datas limites de adequação que podem ser difíceis de alcançar para conformidade. No curto prazo, os restaurantes precisarão encontrar alternativas para vários tipos de plásticos – especialmente canudos, tampas e utensílios. É preciso ser realista e entender que o plástico nunca pode ser completamente eliminado das operações de um restaurante, pois fornece um benefício claro quando se trata de segurança e preservação de alimentos – mas os plásticos descartáveis voltados para o consumidor logo serão uma coisa do passado.

Outra tendência, tanto local quanto global, é o pedido do consumidor por ingredientes de origem mais sustentável e não animal. Ano após ano, as pessoas estão ficando mais sábias sobre o que colocam em seus corpos e o movimento do público têm sido em direção a opções saudáveis, naturais e orgânicas. Hoje, os restaurantes estão sendo cada vez mais solicitados a demonstrar a procedência de seus alimentos e a atestar a qualidade de seus ingredientes, além de oferecer opções para os que possuem algum tipo de restrição alimentar.

Em suma, entender o que o público espera e estar antenado com mudanças que impactam direta e indiretamente o negócio, assim como atuar em prol de uma responsabilidade social que gere impacto positivo, são duas características das empresas que permanecem firmes no mercado ou, em outras palavras, duas tendências que vieram para ficar.

Foto destaque: reprodução
Fonte: Speyside Group


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