Notícia atualizada em 29/07/2015
Você sabe o que é um obentô? ლ(´ڡ`ლ)
Bentō (mais conhecido como obentō) é um tipo de marmita japonesa para uma pessoa. Um bentô tradicional contém arroz, peixe ou carne e legumes cozidos ou em conserva (picles) como acompanhamento. São servidos em bandejas próprias que possuem repartições. Apesar de serem prontamente disponíveis em lojas de conveniências e lojas de bento (弁当屋, bentō-ya) por todo o Japão, o preparo de um bentô atraente ainda é considerado uma habilidade essencial de toda dona-de-casa japonesa.
É interessante ver como o negócio começou, as vezes, a origem acontece das situações mais inesperadas por nós. Com uma visão diferenciada, você pode encontrar a oportunidade de investir no negócio próprio, criar algo inovador e fazer algo diferente para um meio, vale a pena conhecer a história da Ana Baravelli.
A empreendedora Ana Baravelli, 45 anos, é considerada a cozinheira da sua turma de amigos e sempre ajudou a família, parte japonesa e parte italiana, a preparar as refeições de casa. Ela chegou a trabalhar com exposições de arte, negociando as obras do pai, e tendo seu próprio clube-bar, o Pix. Mas a hoje personal chef só começou a cozinhar como profissão quando as contas apertaram.
“Foi uma necessidade de custear a obra imensa do meu novo apartamento. Um amigo da área me convenceu a cozinhar para ele durante a semana e decidiu pagar por isso. Na verdade, eu nem queria cobrar”, conta. Depois, a empreendedora começou a preparar pratos para outros amigos e a aceitar encomendas.
Hoje, cinco anos após a compra do apartamento, ela dedica dois dias por semana para a culinária tradicional japonesa: nesse tempo, ela chega a preparar até 60 obentôs, que são uma espécie de marmita nipônica, feita em uma caixinha retangular e com visual e sabor caprichados. Assim nasceu o Popooyo, um negócio de encomendas de bentôs divulgado exclusivamente pelo Instagram.
A arte de fazer obentôs
“Quando eu comecei a pesquisar os bentôs, fiquei encantada. O grande desafio é trabalhar na mesma plataforma e, mesmo assim, surpreender as pessoas todas as semanas, mantendo a qualidade e o frescor”, afirma Ana.
A aparência do obentô é tão importante que a empreendedora faz um desenho de como os ingredientes serão dispostos no espaço. Esse rascunho, na verdade, surgiu para ajudar os assistentes da chef, Lucas Sumares e Jô Rocha. “Acabou me ajudando. Você vê se está faltando algo, se está muito vermelho ou muito verde. Além disso, é um arquivo de consulta em forma de caderninho, com tudo que a gente já fez”.
Ao todo, cada obentô conta com pouco mais de 20 ingredientes, e é preciso sempre montá-los em uma certa ordem dentro da caixinha. Também deve haver algum ingrediente doce, outro salgado e outro azedo, com uma mistura de texturas. Além do obentô, também há uma caixinha com um tipo de proteína (como frango ou peixe), que vem separada e pode ser escolhida pelo cliente.
Rotina
Ana pensa no cardápio que será oferecido durante o final de semana e fecha os pedidos na terça-feira. Geralmente, há uma lista de espera. Na quarta-feira, a empreendedora compra os produtos, que vêm de fornecedores próximos. Ela vai duas vezes por semana à Liberdade, bairro de São Paulo com forte presença de imigrantes japoneses.
Na quarta e na quinta-feira, os bentôs são preparados, com a ajuda dos assistentes. Na própria quinta-feira e na sexta-feira acontecem as entregas. É preciso muita atenção, já que o obentô não pode chegar bagunçado. “Minha comida não pode ser entregue de moto, só com muita confiança. Nesse caso, eu aciono amigos. Nunca tivemos uma reclamação, nem na comida nem na entrega”.
A caixinha para o obentô é importada do Japão e a encomenda chega aos clientes em uma sacola de papel, que eles devem devolver, junto com a caixinha. “Não é só um delivery, mas um esquema de colaboração. Tem gente que está com a mesma sacola há um ano. Na minha cabeça de japonês, não se pode desperdiçar nada. É um pensamento minimalista e econômico”, diz Ana.
Cada obentô tem o preço fixo de 38 reais. O que varia é a taxa de entrega. O Popooyo entrega hoje em bairros como Vila Madalena, Sumaré, Higienópolis e Consolação. Ana diz que, no máximo, pretende ampliar o negócio para três dias por semana. “Não quero perder essa coisa de variar as comidas”, explica.
Um designer gráfico autônomo que é apaixonado por gastronomia e começou essa aventura através das hamburguerias, sempre visitando novos lugares e experimentando novos sabores. Em todos os lugares, estamos passando por uma experiência visual junto com a gastronômica.
Muito legal, adoro ver histórias de empreendedores, são todas muito inspiradoras.
Somos dois 🙂
Elas fazem refletir sobre o que vivemos, queremos e podemos.