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Evino te ensina sobre as maiores lendas sobre vinhos contadas no país

Five friends cheering on good news.

Material especial preparado pela Evino tem como objetivo desmistificar alguns tabus

E vale citar que as maravilhas do universo do vinho são quase equivalentes às lorotas que o povo espalha por aí. Com o passar do tempo, foram criados muitos rituais e mitos que transformaram o feliz momento de aproveitar uma taça de vinho num acumulado de regras que, na maior parte dos casos, são dispensáveis ou simplesmente desnecessárias.

Isso faz com que muitas pessoas se afastem da bebida por achá-la complicada demais ou por medo de passar vergonha. Por conta disso, a Evino, um dos maiores e-commerces e aplicativos de vinho do país, preparou um material especial com dicas da sommelière Natália Cacioli com o objetivo de desmistificar alguns tabus e fazer você compreender de vez alguns mitos e verdades.

“Vale citar que com o passar do tempo tem sido cada vez mais fácil quebrar algumas barreiras deste universo. Esse inclusive é o maior objetivo da Evino e traduz exatamente o seu posicionamento como marca”, pontua a sommelière.

Conheça abaixo 15 lendas relacionadas à bebida:

1. Quanto mais velho o vinho, melhor
Provavelmente você já ouviu aquela frase “assim como o vinho, fico melhor com o passar dos anos”. Algumas pessoas de fato, melhoram; já outras viram vinagre. Brincadeiras à parte, a maior parte da produção de vinho é pensada para atender à demanda de consumo imediato. São vinhos de safras mais recentes (de até cinco anos), frutados, macios, fáceis de beber. Uma parcela bem pequena de vinhos é feita para envelhecer, como os famosos Barolo, Brunello de Montalcino ou um Pinot Noir de um grande produtor da Borgonha. São vinhos bem caros e que precisam de um longo tempo de amadurecimento para atingir seu ápice. Esses vinhos encarecem com o passar dos anos e tem quem ganhe dinheiro com isso. Portanto, se você está interessado em beber e não em investir, pode ficar com os vinhos mais jovens sem medo de ser feliz.

2. Se a garrafa é pesada, o vinho é bom
Se a garrafa é pesada é porque o vidro é mais espesso. Ou seja, foi gasto mais material e a garrafa é consequentemente mais cara. Vinhos de guarda usam garrafas espessas para reduzir a incidência de luz (sim, isso influencia o processo de envelhecimento) e para ter uma garrafa mais resistente, já que o vinho ficará guardado por muito tempo. Para vinhos de consumo imediato a espessura da garrafa faz alguma diferença? Não. O produtor pode escolher uma garrafa mais simples para reduzir o custo final do produto. E se gostamos de vinho mais barato? Ah sim, gostamos muito.

3. O fundo da garrafa côncavo indica qualidade. Esse furo deve ser usado para colocar o dedo na hora de servir
Mesma história da garrafa pesada. Sinceramente, não sei de onde saiu o mito do fundo côncavo, mas ele existe. Já perguntei para diversos produtores de Itália, Chile e Argentina o que isso significa e todos eles me disseram: nada, é apenas uma característica da linha de produção, mas seguramente não é para colocar o dedo. Ao segurar a garrafa por ali, ela pode escapar da mão e fazer um estrago. Segure com firmeza, pelo corpo da garrafa, mesmo. Isso não é suficiente para fazer o vinho esquentar, como algumas pessoas justificam.

4. Se o vinho é fechado com rosca ou rolha sintética, não presta
Dá para escrever uma tese de mestrado sobre esse assunto. Cortiça é um material natural, retirado de uma árvore chamada Sobreiro, presente principalmente em Portugal e que precisa de 25 anos para estar pronta para a primeira extração da cortiça. Ou seja, é um recurso caro e finito. Mas e o que isso tem a ver com o vinho? A cortiça é um tipo de material que permite uma pequena troca de oxigênio entre o líquido na garrafa e o ambiente externo, processo importante para vinhos de guarda. Se você comprou o vinho e vai tomá-lo hoje ou semana que vem, a cortiça não faz diferença. Rolhas sintéticas e tampas de rosca são mais sustentáveis e baratas. E já falamos que gostamos de vinho barato?

5. Vinho meio-seco é doce e não é bom
Vinho meio-seco não é doce ou mais-ou-menos-doce. A nomenclatura não ajuda, mas a verdade é que os vinhos etiquetados como meio-seco têm, na maioria dos casos, a mesma percepção em boca de um vinho seco. Mas por que isso acontece? Por uma questão de legislação. Quem define se o vinho será etiquetado como “seco” ou “meio-seco” no Brasil é o Ministério da Agricultura. Aqui, a legislação leva em conta apenas a quantidade de açúcar residual, enquanto que, na Europa, é feita uma relação entre açúcar e acidez. Isso faz com que muitos vinhos considerados “secos” na Europa sejam classificados como “meio-secos” no Brasil.

6. Vinho tinto é mais complexo que vinho branco
São estilos diferentes, mas cada um com suas maravilhas e momentos. A principal diferença do vinho tinto para o vinho branco é que o primeiro tem propriedades que vêm da casca da uva: cor e tanino – aquela sensação de adstringência que “seca” a boca. Tanino é um conservante natural e, por isso, é um fator importante para a longevidade do vinho. Os brancos se destacam pela refrescância (tecnicamente chamada de acidez) e, apesar de serem vinhos majoritariamente feitos para consumo rápido, alguns têm grande potencial de guarda. E mais: a vida é mais feliz acompanhada dos deliciosos aromas de um vinho branco.

7. Vinhos com mais de 13% de álcool são superiores
Tem muita gente que usa o teor alcoólico como indicativo de qualidade, mas sem entender de onde vem esse número. O álcool é resultado da fermentação, que tem origem na transformação do açúcar das uvas pelas leveduras. Ou seja, quanto mais açúcar tem o fruto, maior o potencial alcoólico daquele vinho. Lembrando que o açúcar é da uva, não há adição. Regiões quentes produzem frutos com maior concentração de açúcar e, portanto, seus vinhos têm mais álcool. Vinho tintos variam, normalmente, entre 12% e 15%, enquanto os brancos ficam, na maior parte dos casos, entre 10% e 13%. Mas o fato é que a percepção do álcool na boca depende de muitos outros fatores que vão além do número estampado no rótulo.

8. Vinho tinto é com carne vermelha e vinho branco é com peixe
Harmonização é muito pessoal. Existem orientações básicas, mas não regras. Vinhos tintos têm taninos (aquela sensação de adstringência) e a gordura ajuda a disfarçar essa sensação, daí a harmonização com carnes vermelhas. Já vinhos brancos e rosés costumam ser mais leves, por isso normalmente são indicados para carnes brancas e outros pratos igualmente leves. Agora imagine um frango à parmegiana: fritura, queijo, molho vermelho – um tinto vai cair muito bem. Outra situação: pleno verão brasileiro, churrasco à beira da piscina e, em vez de um Malbec encorpadão, que tal um espumante geladinho? Resumindo: harmonização não é ciência exata e você pode comer/beber o que tiver vontade.

9. No restaurante, o garçom coloca um pouco de vinho na taça para você analisá-lo e decidir se gostou
Na verdade, a proposta desse ritual em restaurantes é verificar se o vinho tem algum defeito. A degustação é feita rapidamente, e não há necessidade (na verdade pega mal) de ficar cinco minutos analisando o vinho e dissertando sobre aromas e sabores. Se você não se sente confortável para fazer essa avaliação, peça ao sommelier do restaurante – faz parte da função dele. E mais: a etiqueta não manda servir o vinho para degustação ao homem da mesa e sim para quem pediu fez o pedido.

10. Mulher gosta de vinhos delicados e sutis, como brancos e rosés
Já passamos da fase de falar sobre isso, certo? Certo.

11. Espumante e Champagne são a mesma coisa
Todo Champagne é espumante, mas nem todo espumante é Champagne. Isso porque Champagne é, na verdade, uma região na França que produz vinhos espumantes e só os rótulos feitos lá podem ser etiquetados com esse nome.

12. Prosecco é um tipo de espumante seco, sem açúcar
Prosecco é, na verdade, uma região da Itália que produz espumantes. Assim como Champagne, os rótulos que saem de lá usam a palavra “Prosecco”, que é uma denominação de origem. Mas o nome não tem nada a ver com a quantidade de açúcar no vinho. Para saber quão doce é o espumante consulte no rótulo as palavras Nature, Extra-Brut, Brut, Extra-Dry, Dry, Demi-Sec Doce – sendo o primeiro o mais seco e o último o mais doce.

13. Quanto mais caro um vinho, melhor ele é
Ser caro não é garantia de qualidade para muitas coisas. E vinho é uma delas. Além de qualidade, outros fatores influenciam o preço, como raridade, fama, marketing… Vinhos de regiões menos famosas costumam ter ótimo custo-benefício, como muitos rótulos da Espanha e Portugal, por exemplo.

14. Vinho que passa por barrica de carvalho é sempre melhor
Nem melhor, nem pior: são apenas propostas diferentes. O estágio em barricas de carvalho influencia os aromas e sabores do vinho, então vai da escolha do produtor usar ou não barricas. Por exemplo, alguns produtores podem optar por exaltar as características da uva, sem a interferência da madeira e, portanto, não usam barrica. Agora lembre-se: o estágio em carvalho tende a encarecer o vinho, pois há o custo da barrica e o tempo que o vinho fica parado na vinícola antes de ser vendido.

15. Vinho rosé é feito da mistura de branco com tinto
Mito. Rosé, na verdade, é um vinho produzido com uvas tintas. Durante a vinificação, o mosto das uvas (ou seja, o suco antes de ser fermentado) fica em contato com as cascas por um breve período para extrair apenas um pouco de cor e aromas.

Evino
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foto destaque : Divulgação Evino


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