Notícia atualizada em 24/04/2019
A gastronomia brasileira ganha o mundo e aprende, a cada dia, a valorizar a produção familiar. Há 12 anos, acompanhamos e mostramos as tendências e as novidades desse universo. Agora é a vez de ressaltar os destaques do último ano por meio da votação mais democrática do país. Vale salientar que, em um primeiro momento, 180 especialistas citaram o nome de todas as regiões brasileiras, seguindo apenas a regra de não votar em si mesmo ou no próprio restaurante – a lista completa do júri pode ser conferida aqui.
Na sequência, os mais votados passaram pelo crivo do público, que, de 28 de abril a 20 de maio, pôde escolher os favoritos. A exceção fica apenas para as categorias Responsabilidade Social e Personalidade da Gastronomia, eleitas pela redação.
Neste ano, o prêmio recebeu 23.909 votos em 35.975 visitas únicas à votação. Desse número, foram descartados nomes repetidos, e-mails inválidos e votos vindos do uso de robô. Ao final, 20.635 votos foram computados. Ou seja, rigor total na apuração. Pela primeira vez, o participante não precisou votar nas 28 categorias, mas apenas naquelas de que tinha conhecimento. Com isso, a média de preenchimento da pesquisa foi de 66%. Sem mais delongas, vamos aos vencedores.
Personalidade da gastronomia
Laurent Suaudeau
O vencedor de 2015 nasceu em Cholet, na França, praticamente dentro da cozinha. Observava a mãe fazer bolos maravilhosos. Aos 13 anos, durante as férias escolares, ajudava uma das tias em uma mercearia. Aos 15, já estagiava em um restaurante comandado pelo chef Yvon Garnier e iniciava os estudos em uma escola técnica de culinária. Depois, trabalhou com os chefs Michel Guerard, Jean Ramet, em Bordeaux, e com o chef Paul Bocuse, em seu famoso restaurante em Collonges-au-Mont-d’Or, perto de Lyon. Esse foi seu passaporte para o Brasil. Bocuse escalou Laurent para chefiar a cozinha do Hotel Méridien, no Rio de Janeiro. Era dezembro de 1979 e Laurent, com 23 anos, deparava com outra cultura e com ingredientes totalmente diferentes daqueles a que estava acostumado. Ali, começou uma pequena revolução – e não parou mais. Em 1986, abriu o próprio restaurante, o Laurent, que ganhou todos os prêmios possíveis em gastronomia. Em 1991, mudou-se para São Paulo, onde conduziu, até 2000, um restaurante de sucesso.
A partir dessa data, presta assessoria das mais diversas, seja para restaurantes, seja para marcas de prestígio, organiza concursos de gastronomia e comanda com maestria uma escola, na qual ensina jovens profissionais e recicla outros mais experientes.
Restaurante do ano
Manu, Manu Buffara (Curitiba, PR)
Em 2001, a então jornalista curitibana percebeu, durante uma temporada nos Estados Unidos, que seu lugar era na cozinha. De volta à terra natal, Manoella Buffara decidiu se profissionalizar e estudou hotelaria e gastronomia visando ser chef de cuisine e restauratrice. Formada, passou por premiados restaurantes, como o dinamarquês Noma, do chef René Redzepi, até ganhar experiência para abrir o Manu, em 2011. A casa, instalada em Curitiba, mostra o trabalho da chef, que brinca com as texturas e as sensações dos alimentos com o intuito de promover uma nova experiência aos comensais. Os produtos são cuidadosamente selecionados por ela, que busca incentivar os produtores familiares. O resultado são receitas que tocam a memória afetiva de quem experimenta a comida do Manu, um restaurante que poderia estar em qualquer lugar do mundo.
Outros finalistas
Epice – São Paulo, SP
Lasai – Rio de Janeiro, RJ
Maní – São Paulo, SP
Roberta Sudbrack – Rio de Janeiro, RJ
Melhor café da manhã
Le Vin Bistrô (São Paulo, SP)
Nada como começar o dia com um café da manhã reforçado, com muitas cores e sabores. Em São Paulo, o comensal encontra esse conforto no Le Vin Bistrô, um grupo que conta com padaria, pâtisserie e bistrô. Faz questão de trabalhar apenas com produtos frescos, com o melhor que encontra no dia. Entre as opções para o café da manhã, diversos tipos de pães, doces e salgados, baguetes e croissants.
Outros finalistas
Empório Jardim – Rio de Janeiro, RJ
Escola do Pão – Rio de Janeiro, RJ
Julice Boulangère – São Paulo, SP
Pain et Chocolat – São Paulo, SP
Melhor hambúrguer
Reserva TT Burger (Rio de Janeiro, RJ)
Inaugurado em 2013, fruto da parceria entre o chef Thomas Troisgros e o empresário das lojas Reserva, Rony Meisler, o Reserva TT Burger logo se tornou point obrigatório no Rio de Janeiro. Conhecido como matador de fome, o primeiro hambúrguer a ser servido pela casa foi o de 180 gramas, com tomate, alface, picles crocante, queijo meia cura, molho especial, no pão de batata-doce. Hoje, esse sanduíche pode ser turbinado com ingredientes como carne-seca crispy, ovo frito ou cebola caramelizada.
Outros finalistas
12 Burger e Bistrô – São Paulo, SP
Meats – São Paulo, SP
Na Garagem – São Paulo, SP
St. Louis – São Paulo, SP
Z Deli – São Paulo, SP
Melhor barman
Alex Mesquita (Paris Bar – Rio de Janeiro, RJ)
Desde que decidiu seguir os rumos da coquetelaria, o barman Alex Mesquita chama a atenção dos clientes e da mídia. Em 2001, profissionalizou-se pela Universidad del Cocktail, em Buenos Aires, mas apenas 11 anos depois assumiu a carta de drinques do Paris Bar. Hoje, divide o tempo entre criar novidades para a casa, instalada no bairro carioca do Flamengo, e a criação de gelo especial, que demora cerca de 1h30 para derreter.
Outros finalistas
Derivan Ferreira, Bar Número – São Paulo, SP
Fabio Lapietra, SubAstor – São Paulo, SP
Jean Ponce, barman consultor – São Paulo, SP
Kennedy Nascimento, Beato – São Paulo, SP
Restaurante do ano – região Nordeste
Amado (Salvador, BA)
Sofisticação, atendimento especializado, boa comida e badalação é o que se encontra no Amado, em Salvador, o Restaurante do Ano da Região Nordeste. O experiente Edinho Engel é o chef responsável por tamanho sucesso e por fazer uma cozinha contemporânea brasileira. Edinho preza pelo contato próximo com o pequeno produtor e pelo uso consciente dos ingredientes que tem à mão. Apesar de mineiro, é um apaixonado pela cozinha baiana, e em seu menu é possível encontrar pratos clássicos, como risotos, peixes e frutos do mar, sempre com um toque regional. A incrível vista para a Baía de Todos-os-Santos abrilhanta ainda mais a experiência no restaurante moderninho e descolado, tanto no almoço, com o sol a pino que permite o vislumbre do mar azul, quanto à noite, quando os barcos acendem as luzes.
Outros finalistas
Casa de Tereza – Salvador, BA
Ponte Nova – Recife, PE
Quina do Futuro – Recife, PE
Roccia Cozinha Contemporânea – João Pessoa, PB
Sur – Maceió, AL
Banqueteiro
Buffet Fasano
Responsáveis por boa parte do sucesso de eventos e casamentos, os banqueteiros têm de ser muito qualificados e recomendados. O Buffet Fasano, comandado por Andrea Fasano e Patricia Filardi, e com o apoio do chef Marcelo Magaldi, é um exemplo de sucesso na área. A família Fasano é uma das grandes responsáveis pela gastronomia brasileira destacar-se pela qualidade. O Buffet leva para as grandes festas o padrão da grife. Andrea preza por um serviço impecável, pensado nos mínimos detalhes para agradar aos clientes, desde a louça, os talheres e as taças até o menu que será servido em cada ocasião. Hoje, a banqueteira é uma das mais procuradas pelos clientes mais exigentes, que querem garantia de qualidade e profissionalismo.
Outros finalistas
Mazzô França Pinto, Cozinha da Mazzô
Neka Menna Barreto, Neka Gastronomia
Renata Cruz, Amici Buffet
Viko Tangoda, Viko Gastronomia
Chef revelação
Fabrício Lemos (Amado Bahia – Salvador, BA)
Formado na francesa Le Cordon Bleu, Fabrício Lemos começou na cozinha em Miami, nos Estados Unidos. Durante esse período se dividiu entre os estudos e o trabalho de lavador de pratos em um restaurante italiano – casa em que permaneceu até virar cozinheiro. Ao todo, foram 14 anos trabalhando em restaurantes americanos até que decidiu voltar à Bahia. Em 2010, passou uma temporada no Mistura, mas foi no Al Mare que o trabalho do chef começou a ganhar destaque. Com liberdade para criar, ele aproveitou para aplicar no cardápio da casa as influências adquiridas nos Estados Unidos. O nome de Fabrício virou destaque na mídia e passou a chamar a atenção de Edinho Engel, do Amado. Não tardou para que recebesse o convite para assumir o comando das panelas no lugar do experiente chef. Assim, Fabrício assumiu o cargo no início deste ano.
Outros finalistas
Caio Ottoboni, Oui – São Paulo, SP
Fabio Vieira, Micaela – São Paulo, SP
Léo Paixão, restaurante Glouton – Belo Horizonte, MG
Marcelo Bastos, Jiquitaia – São Paulo, SP
Artesão da gastronomia
Dona Fátima, Verde Orgânico (brotos e ervas) – Rio de Janeiro, RJ
Fátima Azevedo define com orgulho a profissão: agricultora familiar. Mas chegar a esse patamar não foi um caminho de brilhante vegetação. Há 13 anos, quando decidiu que viveria da renda do que a terra lhe dava, teve de aprender a lidar com a vida solitária do campo e com a dependência do atravessador – o responsável por vender seus produtos na cidade. A trajetória ganhou novo lampejo quando dona Fátima, como é conhecida, foi apresentada à chef carioca Roberta Sudbrack. As duas estabeleceram uma parceria e, com o apoio para a venda da produção, a agricultora consegue planejar e investir em sementes para o sítio Verde Orgânico, que fica no Brejal, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Um trabalho que emociona a cada semente que brota e vira estrela em pratos de chefs como Roberta.
Outros finalistas
Kazuo Tanaki (criação de vieiras) – Angra dos Reis, RJ
Ricardo Sechis, Beef Passion (carnes especiais) – São Paulo, SP
Sauro Scarabotta, Fricco (embutidos variados) – São Paulo, SP
Livro do ano
Rita Lobo – Pitadas da Rita (Editora Panelinha)
Se há um companheiro na cozinha das casas brasileiras, este é o livro Pitadas da Rita, de Rita Lobo. Com o título inspirado nas pequenas quantidades usadas em receitas e com itens escritos em letras cursivas, o livro ganha charme e atrai os olhares. E os modos de preparo destacam ingredientes e chamam o comensal a colocar a mão na massa logo após a primeira leitura. A publicação ainda dá dicas para melhor execução e para a apresentação dos pratos.
Outros finalistas
Mônica Rangel – Interpretações do Gosto (Editora Senac)
Paloma Jorge Amado – A Comida Baiana de Jorge Amado (Editora Panelinha)
Ricardo Maranhão – Gente do Mar (Editora Terceiro Nome)
Roberta Sudbrack – Eu Sou do Camarão Ensopadinho com Chuchu (Editora Tapioca)
Thiago Castanho – Cozinha de Origem (Editora Publifolha)
Chef do ano
Thiago Castanho (Remanso do Bosque – Belém, PA)
O jovem chef paraense Thiago Castanho vem se destacando como um dos grandes nomes da culinária brasileira dos últimos anos e faz questão de levar sua cozinha do Norte, com ingredientes ainda pouco conhecidos do público, e disseminar sua cultura por todo o Brasil e em eventos internacionais. À frente dos restaurantes Remanso do Bosque e Remanso do Peixe, com o irmão Felipe Castanho, ele aproveita o que há de melhor em sua terra, Belém, no Pará, e é figurinha garantida no Mercado Ver-o-Peso, onde usa e abusa de peixes, farinhas, tucupi, tacacá, açaí, jambu, cachaça, sempre com um toque criativo e inovador. Neste ano, além dos dois restaurantes, o chef está com um novo projeto: um espaço em que possa fazer apenas menu degustação, com reservas. Formado na Faculdade Senac, de Campos do Jordão, em São Paulo, Thiago nunca pensou em abandonar sua terra e agora colhe os frutos de seu trabalho.
Outros finalistas
Alberto Landgraf, Epice – São Paulo, SP
Jefferson Rueda, Attimo – São Paulo, SP
Manu Buffara, Restaurante Manu – Curitiba, PR
Rafa Costa e Silva, Lasai – Rio de Janeiro, RJ
Restaurante do ano – região Norte
Remanso do Bosque (Belém, PA)
Os irmãos Felipe e Thiago Castanho são os responsáveis pelo restaurante Remanso do Bosque, em Belém, no Pará. Enquanto Thiago procura fazer uma cozinha mais autoral nesse espaço, sempre com os ingredientes paraenses, valorizando a culinária amazônica, Felipe se especializou na área de administração, vinhos e drinques, para harmonizar as refeições. A parceria de família dá tão certo que o Remanso do Bosque é o Restaurante do Ano da Região Norte. Os meninos fazem questão de trabalhar com produtores familiares e oferecem tanto menu à la carte quanto menu degustação, ambos com base na essência de sua terra, com a valorização dos ingredientes paraenses.
Outros finalistas
Banzeiro – Manaus, AM
Famiglia Sicilia – Belém, PA
Manjar das Garças – Belém, PA
Remanso do Peixe – Belém, PA
Responsabilidade social
Cidades sem Fome
A ONG (Organização Não Governamental) Cidades sem Fome nasceu em 2004 com o intuito de levar agricultura sustentável a todos. Formado em administração e técnico em agropecuária e políticas ambientais, o gaúcho Hans Dieter Temp ensina as comunidades carentes – em especial na Zona Leste paulistana – a utilizar os espaços públicos ou as áreas privadas em desuso na cidade para a criação de hortas comunitárias. O projeto beneficia idosos com pouca ou nenhuma escolaridade, mulheres e moradores de rua, entre outras pessoas com vulnerabilidade social. Depois de selecionados na comunidade, participam de aulas sobre como criar e manter a produção agrícola. Ao final, os produtos são repartidos entre o consumo próprio e a comercialização, e o dinheiro obtido é dividido entre os colaboradores, o que lhes garante também geração de renda. Um exemplo de como ajudar e melhorar a alimentação por meio da geração de emprego.
Bons exemplos (outros podem ser vistos nas páginas da ONG, no Facebook). Facebook Cidades Sem Fome são: a horta do Jardim Imperador 2, na Rua Morro da Espia, 442, Zona Leste de São Paulo, e a da Escola Municipal Profa Nadir Zadra Ribaldo, em Porto Ferreira, no interior de São Paulo, onde os alunos fizeram e cuidam de hortas dentro de pneus.
Programa de TV gastronomia brasileira
Que Marravilha! (Claude Troisgros – GNT)
O carisma do chef Claude Troisgros, francês radicado no Brasil, aliado à simpatia de seu fiel escudeiro, Batista, só podia dar samba. As brincadeiras da dupla no Que Marravilha! entraram na casa dos telespectadores em 2010. De lá para cá, conquistam o público, que aprendeu a fazer receitas simples com sotaque da França e, com o especial “Chato pra Comer”, passou a dar nova chance a ingredientes antes insuportáveis ao paladar.
Outros finalistas
Cozinha Prática, Rita Lobo – GNT
Cozinha sob Pressão, Carlos Bertolazzi – SBT
MasterChef – Rede Bandeirantes
Tempero de Família, Rodrigo Hilbert – GNT
Melhor sorveteria
Bacio Di Latte (São Paulo, SP)
A Bacio Di Latte surgiu ainda discreta na Rua Oscar Freire, em São Paulo, porém a qualidade dos ingredientes logo foi reconhecida e não tardou para que as calçadas, em frente e vizinhas da loja, ficassem tomadas por filas. Com o sucesso, a marca de sorvetes italianos se expandiu e hoje tem até carrinhos espalhados por shopping centers da capital. Na Terra da Garoa, um tradicional gelatto cai bem, faça chuva ou faça sol. O sabor que leva o nome da casa, com leite e creme de leite, é fantástico.
Outros finalistas
Bali – Maceió, AL
Cairu – Belém, PA
Casa Elli Gelateria – São Paulo, SP
Frida e Mina – São Paulo, SP
Vero – Ipanema, RJ
Restaurante do ano – região Sudeste
Epice (São Paulo, SP)
Aberto em 2011 e comandado pelo chef Alberto Landgraf, o Epice acumula prêmios desde a inauguração, sendo os mais recentes a primeira estrela no Guia Michelin Rio de Janeiro & São Paulo, divulgado no início deste ano, e a 36a posição na lista de melhores restaurantes da América Latina em 2014. Para incluir no currículo está a liderança no pódio como melhor restaurante da Região Sudeste. A casa pratica a culinária naturalista-contemporânea, na qual o foco é destacar o sabor do ingrediente sem interferências e respeitar a sazonalidade do alimento. A filosofia do Epice inclui, ainda, buscar a criatividade na cozinha e cuidar de todo o ciclo do alimento, desde a plantação por produtores familiares até o descarte sustentável, com a fabricação de adubos orgânicos.
Outros finalistas
Lasai – Rio de Janeiro, RJ
Maní – São Paulo, SP
Soeta – Vitória, ES
Trindade – Belo Horizonte, MG
Barista do ano
Graciele Rodrigues (Black Coffee – Curitiba, PR)
Graciele Rodrigues foi eleita a Profissional do Ano, mas para quem acha que este é o primeiro título da curitibana está muito enganado. Ela foi a vencedora do Campeonato Brasileiro de Barista, em 2012, e representou o Brasil no Campeonato Mundial, em 2013, ficando em segundo lugar. As habilidades de Graciele podem ser conferidas no Black Coffee, localizado no Shopping Omar, em Curitiba.
Outros finalistas
Diego Gonzales, Sofá Café – São Paulo, SP
Emilio Rodrigues, Casa do Barista – Rio de Janeiro, RJ
Isabela Raposeiras, Coffee Lab – São Paulo, SP
Melhor pizzaria
Bráz (São Paulo, SP)
Pode gritar que é tetra. A Bráz Pizzaria, com três unidades na capital paulista, uma em Campinas e duas no Rio de Janeiro, foi eleita pelo júri de especialistas e pelo público a Melhor Pizzaria pelo quarto ano consecutivo. O reconhecimento é fruto do trabalho em busca da melhor qualidade e do detalhismo no momento de preparar cada redonda, que segue a receita tradicional italiana. Na casa, a massa deve ter exatamente 450 gramas e 35 centímetros de diâmetro e ser assada no forno a lenha entre 400 e 450 graus. E a casa faz questão de divulgar seus segredos, como o uso de ingredientes especiais retratados pela farinha 00 e tomates pelados de origem napolitana.
Outros finalistas
Lasai – 1900 Pizzaria – São Paulo, SP
Baco – Brasília, DF
Leggera – La Vera Pizza Napoletana – São Paulo, SP
Veridiana – São Paulo, SP
Melhor serviço de cervejas
Delirium Café (Rio de Janeiro, RJ)
Com cerca de 400 rótulos de cerveja, além de dez torres de chope, fica difícil escolher o que beber em uma única visita a esse bar incrível. Mas, se você também aprecia as novidades que não param de aportar por aqui, vá sem medo e não hesite em pedir ajuda para escolher sua gelada. Além dos rótulos, a carta ainda conta com degustações que permitem provar até dez cervejas, por um preço fechado.
Outros finalistas
Aconchego Carioca – São Paulo, SP
Botto Bar – Rio de Janeiro, RJ
Empório Alto dos Pinheiros – São Paulo, SP
Frangó – São Paulo, SP
Mestre cervejeiro
Gabriel di Martino (Vila St. Gallen, Teresópolis, RJ)
Aos 24 anos, Gabriel di Martino comanda a produção de cervejas da Vila St. Gallen, em Teresópolis. Apesar da pouca idade, o mestre cervejeiro descobriu a vocação desde cedo, quando, aos 11 anos, tomou o primeiro gole de cerveja, e gostou. Ensinado pelo pai a apreciar boa comida e boa bebida, aos 18, o garoto já inventava receitas de cerveja, usando ingredientes que encontrava nas redondezas de casa.
Outros finalistas
Alessandro Oliveira – Cervejaria Way Beer, Curitiba, PR
Alexandre Bazzo – Bamberg, Votorantim, SP
Guilherme Hoffmann – Cervejaria Nacional, São Paulo, SP
Ilceu Dimer – Bodebrown, Curitiba, PR
Melhor doce
Pudim de leite (Attimo)
O consagrado restaurante Attimo, em São Paulo, continua surpreendendo com suas belíssimas instalações e o cardápio criativo. Comandado pelo chef Jefferson Rueda, o local é sinônimo de comida com sabor. As sobremesas ficam a cargo da chef Saiko Izawa, que concorre para a refeição terminar em grande estilo. Seu pudim de leite foi contemplado com o prêmio de Melhor Doce, mostrando que clássicos bem executados sempre terão lugar no pódio.
Outros finalistas
Banana da Fazenda Engenheiro Schmidt, Amadeus – São Paulo, SP
Bavaroise amarga, ao leite, e branca sobre uma base de brownie, Confeitaria Marilia Zylbersztajn – São Paulo, SP
Bolo com brigadeiro de chocolate belga meio amargo, Confeitaria Dama – São Paulo, SP
Divino Malt Cake, Alê Tedesco – São Paulo, SP
Melhor padaria
PÃO – Padaria Artesanal Orgânica (São Paulo, SP)
Idealizada por Rafael Rosa, um apaixonado por pães, a Padaria Artesanal Orgânica preza por produtos frescos, saborosos e nutritivos, além de artesanais e orgânicos. Rafael passou dez anos entre a Europa e os Estados Unidos e, em 2007, optou por voltar ao Brasil para abrir um estabelecimento unindo a receita do pão artesanal europeu e a cultura de produtos orgânicos da Califórnia. Esse conjunto deu início à PÃO, nos Jardins, em São Paulo, e hoje já conta com mais quatro endereços.
Outros finalistas
Cum Panio – Belo Horizonte, MG
Julice Boulangère – São Paulo, SP
La Boulangerie – Brasília, DF
Restaurante de cozinha brasileira
Esquina Mocotó (São Paulo, SP)
Depois do sucesso estrondoso do restaurante Mocotó, em São Paulo, o chef Rodrigo Oliveira partiu para um projeto paralelo em 2013, o Esquina Mocotó, ao lado de seu “irmão” bem-sucedido, na Zona Norte de São Paulo. No local, o chef começou a fazer uma cozinha mais autoral, sem deixar de lado as raízes nordestinas, que sempre estiveram presentes em sua cozinha. Enquanto no Mocotó Rodrigo faz reinterpretações dos tradicionais pratos, implementados por seu pai, no Esquina ele fica mais livre para criar e se aprofundar em uma cozinha brasileira, nordestina, mais contemporânea. Entre os pratos principais estão polvo grelhado, feijão-caupi, ora-pro-nóbis e molho de suã, paçoca de pato, ovo caipira, feijão-branco, linguiça defumada e costelinha de javali, cuscuz de milho, feijão-guandu e caruru. Em grande estilo, a casa completa dois anos.
Outros finalistas
Brasil a Gosto – São Paulo, SP
Jiquitaia – São Paulo, SP
Remanso do Bosque – Belém, PA
Tordesilhas – São Paulo, SP
Restaurante do ano – região Sul
Manu, Manu Buffara (Curitiba, PR)
O melhor restaurante do país é também o melhor da região que o abriga. A chef Manu Buffara conquista a dobradinha no prêmio Melhores do Ano Prazeres da Mesa/Cacau Show 2015, graças ao trabalho que valoriza o ingrediente local, aliado a técnicas adquiridas em experiências fora do Brasil. A casa, com aproximadamente 12 mesas, existe há quatro anos, em Curitiba, e recebe pessoas de todo o país. Sem um cardápio fixo, Manu trabalha com os ingredientes de acordo com a qualidade no dia e sempre respeitando a sazonalidade. Para o menu degustação, uma sequência é especialmente escolhida para fazer com que o comensal se sinta agraciado pela chef, que faz questão de passar de mesa em mesa colhendo opiniões sobre sua cozinha.
Outros finalistas
Bah – Porto Alegre, RS
Floriano Spiess Cozinha de Autor – Porto Alegre, RS
Hashi – Porto Alegre, RS
La Varenne – Curitiba, PR
Restaurante do ano – região Centro- Oeste
Casa do João (Bonito, MS)
João Roza Vizcaino, ou simplesmente Seu João, nasceu em Santos, no litoral paulista, e se formou em Direito. O diploma foi pendurado na parede e lá ficou. Seu João abriu um restaurante em Mogi das Cruzes e manteve clientela fiel durante 15 anos, mas fechou a casa quando ele e a família resolveram ir para Bonito, em Mato Grosso do Sul. No Centro-Oeste brasileiro, decidiu que não trabalharia mais com comida e inaugurou um posto de combustíveis. Entretanto, o destino de João era mesmo à frente do fogão, e a vida fez com que ele voltasse à ativa. Em meados de 2007, uma parte do quintal em que morava ganhou um novo nome, Restaurante Casa do João. O pé de maracujá foi transformado na cozinha do estabelecimento, enquanto o canil virou banheiro e a horta, salão para as mesas. Hoje, o lugar cresceu e ficou conhecido pela cerveja sempre gelada e pelas receitas típicas do Pantanal.
Outros finalistas
Antônia Bistrô – Goiânia, GO
Mahalo – Cuiabá, MT
Olivae – Brasília, DF
Taypá – Brasília, DF
Melhor comida de rua
Hambúrguer, Buzina Food Truck (São Paulo, SP)
As comidas sobre rodas invadiram os espaços públicos e ganharam frequentadores fiéis. E o ano foi da dupla Jorge Gonzalez e Márcio Silva, do Buzina Food Truck. Com batatas fritas dentro do lanche e linguiça portuguesa picada, além do hambúrguer, a receita conquistou o respeito e o paladar dos comensais, que passaram a acompanhar a agenda do caminhão – divulgada semanalmente nas redes sociais – para não perder a chance de pedir bis.
Outros finalistas
Hot Dog Francês, Marcel (Raphael Despirite) – São Paulo, SP
Sud Dog, Roberta Sudbrack – Rio de Janeiro, RJ
Tacacá na Tietê, Tordesilhas – São Paulo, SP
Tapioca, Alto da Sé – Olinda, PE
Chef Pâtissière
Lia Quinderé (Sucré – Fortaleza, CE)
A chef pâtissière Lia Quinderé tem despontado cada vez mais no cenário nacional e fez por merecer o bicampeonato. À frente da Confeitaria Sucré, em Fortaleza, Lia garante que sempre gostou de cozinhar e que a tia-avó Agnete, confeiteira de mão-cheia, é a responsável por sua infância com cheiro de bolo, balas e café, na qual a diversão era acompanhá-la na cozinha. Desde muito cedo, aprendeu a fazer pão de queijo, pão francês e bala, mas, apesar disso, não imaginara que seu coração estivesse nas panelas e, por vontade do pai, foi cursar Direito. Ainda bem que não se encontrou na profissão e passou a investir em livros e cursos de gastronomia. Finalmente, entendeu que o que a faria pular da cama todos os dias era a confeitaria. Depois de estudar pâtisserie em Paris, Lia teve a certeza de que essa é a área em que consegue expressar sua arte.
Outros finalistas
Arnor Porto, Sweethings – São Paulo, SP
Lucas Corazza, consultor – São Paulo, SP
Rafael Barros, Opera Ganache – São Paulo, SP
Saiko Izawa, Attimo – São Paulo, SP
Melhor bar
Verissimo (São Paulo, SP)
Criado com o intuito de homenagear o escritor Luis Fernando Verissimo, o bar que leva seu sobrenome conta com caricaturas e ampliações de capas de livros como decoração. À frente do empreendimento está o chef Marcos Livi, que faz uma mescla de influências espanholas com as tapas, comida típica de botequim e pratos brasileiros, caso da concorrida feijoada. Algumas das diversas partes do cardápio levam nome de livros de Verissimo. O jamón é o ingrediente que não pode faltar e aparece nas versões ibérico, serrano, no ovo mollet, no mini-hambúrguer, com aspargos verdes. Enfim, tem para todo gosto. Bom gaúcho que é, Marcos oferece também algumas opções de parrilla, como bife ancho, chuleta e ribs. Frequentado por um público eclético, o Verissimo garante boa música, boa comida e muita cultura.
Outros finalistas
Aconchego Carioca – Rio de Janeiro, RJ
Delirium Café – São Paulo, SP
Isola – São Paulo, SP
SubAstor – São Paulo, SP
Melhor petisco de bar
Bolinho de feijoada (Aconchego Carioca – Rio de Janeiro e São Paulo)
Na categoria mais disputada deste ano, o bolinho de feijoada do Aconchego Carioca levou o título. O petisco tomou as mesas das duas unidades do bar, em São Paulo e no Rio de Janeiro, e foi às ruas pela fritadeira da chef Katia Barbosa, responsável por criar e levar o bolinho a festivais gastronômicos em diferentes estados. A massa, feita do tradicional prato brasileiro e recheada com couve, mostrou que já tem lugar no coração (e no estômago) dos comensais.
Outros finalistas
Bolinho de carne, Bar do Luiz Fernandes – São Paulo, SP
Coxinha, Frangó – São Paulo, SP
Coxinha, Veloso – São Paulo, SP
Fofinho de camarão, Bar da Frente – Rio de Janeiro, RJ
Brigada de ouro
D.O.M. (São Paulo, SP)
A excelência gastronômica do D.O.M., de Alex Atala, já foi reconhecida em diferentes prêmios, entretanto, o chef mostra que não entende apenas de coordenação das panelas, ao exibir no salão a equipe bem treinada. Não por acaso, foi também este o único restaurante a receber duas estrelas no Guia Michelin Rio de Janeiro & São Paulo 2015, que avalia, entre outros quesitos, a qualidade do serviço prestado ao comensal.
Outros finalistas
Fasano – São Paulo, SP
Lasai – Rio de Janeiro, RJ
Loi Ristorantino – São Paulo, SP
Olympe – Rio de Janeiro, RJ
Fonte : Prazeres da Mesa
Fotos : Divulgação
Um designer gráfico autônomo que é apaixonado por gastronomia e começou essa aventura através das hamburguerias, sempre visitando novos lugares e experimentando novos sabores. Em todos os lugares, estamos passando por uma experiência visual junto com a gastronômica.
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